quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Até onde chegaremos¿


Navegadoras e navegantes,

Estou a mais de uma semana enclausurado em meu quarto tentando estudar para ser polícia. Para quem me conhece, sabe que encarceiramento voluntário e renato são duas palavras antônimas.
Acho que este é um sentimento comum, para qualquer um de nós, que estamos diante do Grande Dia onde o Grande Monstro devorará nossas almas. A confinação da presa para o abate.
Quem sabe um dia nos libertamos desta sina, assim faço das palavras de Fernando Pessoa, as minhas na hora de grande adrenalina:


Navegadores antigos tinham uma frase gloriosa:
"Navegar é preciso; viver não é preciso".
Quero para mim o espírito [d]esta frase,
transformada a forma para a casar como eu sou:
Viver não é necessário; o que é necessário é criar.
Não conto gozar a minha vida; nem em gozá-la penso.
Só quero torná-la grande,
ainda que para isso tenha de ser o meu corpo e a (minha alma) a lenha desse fogo.
Só quero torná-la de toda a humanidade;
ainda que para isso tenha de a perder como minha.
Cada vez mais assim penso.
Cada vez mais ponho da essência anímica do meu sangue
o propósito impessoal de engrandecer a pátria e contribuir
para a evolução da humanidade.
É a forma que em mim tomou o misticismo da nossa Raça.

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