quinta-feira, 5 de junho de 2008

Todos por um: Última Copa - a trajetória da decisão

Esportistas e Corinthianos,

Tudo começou em datas e locais distintos, porém consecutivas, primeiro o Corinthians treze de fevereio, Goiânia, contra o Barras de Piauí. O placar dilatado revelava uma face do Corinthians que a muito não se via nos últimos anos.
Imperatriz foi o outro cenário. O time do Sport empatava por dois a dois com o time local. Jogadores e torcida sabiam que na Ilha do Retiro o jogo era totalmente favorável ao Leão. Tanto foi que fez quatro a um, no dia cinco de março, diante treze mil, setecentos e vinte torcedores.
Na segunda fase, o Corinthians foi à Fortaleza e perdeu por dois a um, em São Paulo venceu por dois a zero, era dois de março.
O Sport havia ganhado do Brasiliense em Taguatinga. Em casa o placar foi ainda maior, a equipe fizera quatro a um e a mística Ilha do Retiro começava a dar as cartas.
As oitavas de finais para o Corinthians foram essenciais. Os Jogos contra o Goiás ainda ecoam nas mentes corinthianas, eram os jogos da transmutação. No Serra Dourada foi três a um para o time do cerrado, a desclassificação era dada como certa, o time era a sombra daquele que foi rebaixado; "jogava como nunca, perdia como sempre".
Em São Paulo, o Corinthians mudou sua composição química, a garra, a atitude e principalmente o brio era diferente, entrou em campo o time dos arranques de vitórias, poderoso, difícil de ser batido. O placar elástico era o que menos importava, mas sim a nova postura e identidade que o time assumiria desde então.
Zero a zero no Parque Antarctica, contra o atual e recente campeão paulista era o resultado achado do time recifenho. Na Ilha, nos últimos dias de abril, o Sport fez quatro a um no Palmeiras e consolidava o poder e o temor dos adversários em decidir a vaga em Pernambuco.
O algoz do Corinthians sempre foi o São Caetano, o retrospecto era todo favorável para o time do ABC. Seis de maio, no Morumbi, o Time do Parque São Jorge, fez a lição de casa, venceu por dois a um, contudo, tal resultado era matreiro e os céticos levantavam as antenas desconfiadas.
O Segundo jogo foi em Ribeirão Preto. Cairia o São Caetano e um tabu, o placar de três a um abriria as portas para o Engenhão e o Botafogo.
Inter no Beira Rio fazia um a zero no Sport. O Internacional era o franco favorito ao título da Última Copa, mas na semana seguinte, na Ilha, o Colorado padecia na cova do Leão. A voracidade dos três a um dava notoriedade ao Sport.
E na cova do Leão o rubro negro ainda venceria o Vasco. Dois a Zero. Dois a Zero também em São Januário porém a favor da equipe cruz maltina, o que levaria aos penaltis a vaga para uma inédita final. Edmundo capitão nor da naus a fez naufragar.
Caso semelhante também aconteceria com a Estrela Solitária. No Engenhão dois a um (novamente o matreiro placar). No Morumbi, os mesmos dois a um desta para o Alvi-negro Paulistas. Os penaltis fizeram se necessários. O Corinthians sairia vencedor.
Quatro de Junho, Morumbi, Corinthians agora frente a frente com o Sport. Sessenta e três mil, oitocentos e setenta mil corinthianos empurravam o Timão para cima do Leão, a velocidade nos ataques e contra-ataques era uma face até então não revelada pelo Corinthians até ontem e foi através destas características que o time abriu três a um no Sport.
Onze de junho, Ilha do Retiro, prevalecerá a mistica da ilha¿ A cova do Leão se abrirá para o último jogo da Última Copa. A linha que divide a superação, a força e o poder Corinthiano será fina em relação ao ataque veloz, a marcação acirrada e a pressão da equipe do Sport.
No final só restará um.

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