quarta-feira, 4 de junho de 2008

A volta do K

Portuguesas e brasileiros,

Finalmente o "K" está de volta em nosso alfabeto. Aliás, nunca deveria ter saído, mas se saiu agora retorna encrestada entre o "j" e o "l". O "k" tinha ido, mas não foi, se é que vocês me entendem.
Mesmo extinto, de vez em quando, lá estava no kilometro, Karatê na escala Kelvin ou simplesmente assumindo outras personalidades como K de Capital ou K sendo símbolo químico do potássio (alemão Kallum).
De qualquer forma, seja bem vindo o k, para eu assinar meu terceiro nome, Kaminishi.

Abaixo um pouco mais sobre a história da nobre letra.

Esta letra provém do grego Κ ou κ (kappa) adaptado do Semita kap, símbolo que representava uma mão aberta. Esta, por sua vez, com muita probabilidade teria sido adaptada por povos semitas que teriam vivido no Egito, a partir do hieróglifo para “mão”, representando o som da letra D para os egípcios, pois ‘mão’ era pronunciada como d-r-t. Os Semitas, por sua vez, atribuiram-lhe o som /k/, pois o vocábulo que utilizavam para ‘mão’ começava com esse som.
Este som semita de /k/ para esta letra foi mantido na maioria das línguas clássicas e modernas, embora em Latim tivesse sido usado a letra C para o pronunciar. Quando as palavras provenientes do Grego foram assimiladas pelo Latim, o K foi convertido em C, embora o Latim já usasse o K para palavras provenientes do Etrusco, como por exemplo kalendae, “o primeiro dia do mês”, que deu origem à palavra calendário. Algumas palavras de outros alfabetos, foram também reescritas usando a letra C. É por essa razão que as línguas românicas utilizam o K apenas em casos muito particulares, como por exemplo em Português as palavras kantiano, karaté ou kart.
Em Portugal a letra K foi proscrita do alfabeto depois da revisão ortográfica de 1911.

Fonte: Wikypédia

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