sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

O Parafuso, o Pneu e a Sopa



Um parafuso pode ser a alegria ou a chateação de qualquer um de nós. Quando é aquele parafuso que faltava para ordenar sua idéia, então é só felicidade. Quando crava dentro do pneu do seu carro aí é só aborrecimento. Foi o que aconteceu comigo esta tarde. Voltando da casa do Valdik, eis que entra um parafuso no meu humor.


O carro arrastado na hora do rush e as buzinadas só faziam aumentar minha ânsia de deixar o automóvel e sair correndo pela estrada, ladeira abaixo. Eram os bárbaros atacando as muralhas romanas. Palavrões, acenos, caras feias. O inimigo precisa a todo momento intimidar o adversário para, na batalha, sair vencedor. Mas, vencer o quê?
Chegar à borracharia mais próxima era tudo o que eu precisava. Meu grande objetivo no momento.
Um parafuso e um pneu resumiam minha dor de cabeça.
Dez minutos mais tarde, estava de frente à solução. Duas horas para o profissional deixar o carro rodando redondinho novamente.
Começou a chover. A chuva, o pneu e o parafuso. A espera para ver o borracheiro terminar o remendo.

O azar não é eterno. Na vida tudo é efêmero, já dizia o bordão: nada é para sempre.
Seria uma sopa se tudo terminasse numa sopa. E várias horas depois terminou assim... uma sopa! A chuva passou, os palavrões cessaram, o parafuso saiu, o pneu ficou novo, meu bolso 6 reais mais vazio e a sopinha da Doroteia na mesa.




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